segunda-feira, 2 de dezembro de 2013



An Instagram short film from Thomas Jullien on Vimeo.

This movie is about the similarities in photos shot and uploaded to Instagram, which lead us to two interesting conclusions:


1. About what calls more attention from most of the people and make them take pictures; and
2. That most of people tend to repeat cliches an not to be creative.

And the second one show us that the most popular things, places, people and happenings in the world have already been shot.

When I see a very famous and interesting place, what comes to my mind is that, most likely, someone in the world took that picture that I was about to shot, had the exactly same idea and probably was attracted by the same reasons in the same place. And, of course, this picture was, in all likelihood, uploaded to somewhere on the internet.

Why lose my time when I could be simply seizing the moment when I was there?
Pictures won't capture the awesomeness of the moment.  

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cinema de qualidade

Ontem fui ver Django Livre no Cine Livraria Cultura. Um ótimo filme, sem dúvida, mas fiquei empolgado mesmo é com o local!

Faz muito tempo que não me sinto satisfeito com a qualidade da projeção e dos equipamentos de um cinema, sem considerar todo o resto que foi feito de forma correta: não acenderam a luz nos créditos, iluminação correta durante toda à projeção, além da limpeza impecável.

Costumo ir nos "Cinemark's" da vida (pode interpretar o nome como uma ofensa, também serve!). Uma rede de cinema que executa com muita eficiência o plano de ganhar a maior quantidade de grana possível economizando naquilo que não deve ser economizado. Imagem escura, rolo de filme mal cuidado, som muito ruim e baixo, chão sujo, etc.
A imagem do Cine Livraria Cultura estava impecável, claríssima e nítida. A tela não era das maiores. Aliás, considerar um cinema melhor que o outro somente pelo tamanho da tela é um erro. Não que isso não tenha importância, mas às vezes esquecemos do resto.

A parte sonora do Django Livre é muito bem feita, sem dúvida, mas para que possamos apreciá-la, precisamos de um cinema que tenha um equipamento de som preparado. Ontem senti minhas entranhas vibrarem em certas cenas do filme de tão intenso que o som estava. Nas cenas em locais fechados, como na casa do Candie, ouvia-se o tique do relógio posicionado á direta e um pouco atrás, dando a impressão realista de que o relógio estava atrás de mim.Cheguei à olhar pra trás acreditando nisso. Impressionante!
É um cinema antigo, mas muito bem cuidado, e ainda com o charme da cortina se abrindo antes da projeção.

Nas próximas vezes que eu puder ver um filme nesta sala, irei com certeza!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre reviews

Comentário em resposta à este artigo: http://www.kotaku.com.br/conteudo/games-nao-sao-torradeiras-ou-o-que-ha-de-errado-com-os-reviews/#idc-cover (também foi postado nos comentários da página indicada).

Concordo.
Porém, não creio que o problema esteja nas críticas.

Explico:
O objetivo de qualquer review feito por um especialista é de ser o mais imparcial possível, ou seja, tem que ser uma avaliação racional e bem argumentada dos pontos positivos e negativos, exatamente como uma análise clínica de uma torradeira.
Isso serve tanto para games quanto para filmes e música.
No entanto, filmes e músicas evoluíram muito desde suas invenções. O cinema deixou de ser um espetáculo de exibição de imagens espetaculares para se transformar em obras de arte.
Em ambos os casos, as análises devem ser feitas tanto como produtos comerciais (o que acabam sendo também), tanto como produtos artísticos.
Porém, essa análise não pode ser totalmente subjetiva, deve ser bem embasada e argumentada.

O problema, na verdade, é o fato de que é difícil analisar cinema e música objetivamente pelo simples fato de que é difícil fazer uma análise clínica, pois não existem qualidades quantificáveis esperadas pelo espectador. Um ouvinte de heavy-metal, por exemplo, daria uma nota 10 caso o volume da música esteja alto o suficiente? Um ouvinte de Rock Progressivo só dá notas altas pra músicas com mais de 10 minutos? Não é esse tipo de expectativa que ouvintes e expectadores tem dessas obras.

Já no caso dos jogos, estes ainda não deixaram de ser produtos, visto que ainda tem muitas características quantificáveis esperadas pelos jogadores, o que faz com que jogos se pareçam mais com produtos comerciais consumíveis do que com obras de arte. Jogos tem objetivos: precisam entreter os jogadores e fazê-los jogá-los de novo. E o objetivo do cinema, será que os filmes tem que sempre divertir? E filmes como Laranja Mecânica, que é um filme pesado e incômodo, mas lembrado sempre como um clássico?

O que tem que mudar, na verdade, são os jogos: precisam parecer menos com produtos de luxo e mais com obras de arte!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Trecho: Pequeno Príncipe

Postei esse trecho agora por dois motivos:

1 - Porque o texto é excelente. Utiliza uma estética infantil pra transmitir uma mensagem foda.
2 - Porque DEU TRABALHO pra copiar isso do livro... =P

"Se lhes dou detalhes sobre o asteróide B 612 e lhes confio seu número, é por causa das pessoas grandes. Elas adoram números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. Não perguntam nunca: 'Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas?' Mas perguntam: 'Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?' Somente assim é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: 'Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado....', elas não conseguem, de modo algum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: 'Vi uma casa de seiscentos mil reais'. Então elas exclamam: 'Que beleza!'"

Tirado do livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry.

Pensamento

É engraçado como me sinto emburrecido quanto to trabalhando. É um trabalho que, teoricamente, tenho que pensar. Mas, por algum motivo que, pensando melhor, não é tão estranho assim, sinto como se eu tivesse usando meu cérebro pra algo bem inútil.
Estou vendendo meus neurônios para empresas de seguro e bancos. Me sinto extremamente bem e útil com isso, claro. =D </ironia >
E lá vem os pensamentos distorcidos da realidade tentando me convencer de que estou cercado de pessoas medíocres. Devo confiar nesses pensamentos safados?
Mas, tudo depende do ponto de vista, óbvio. Para algumas dessas pessoas, EU sou medíocre. Me acompanhe: sou o funcionário gato, aquele que não veste a camisa da empresa, não se esforça pra fazer média com ninguém, não toma iniciativa pra nada fora da minha função. Só faço o que tenho que fazer no horário que tenho que cumprir. Sou pago pra isso somente. Trabalhar em casa? Ganhando a mais por isso? O dinheiro não me motiva. Simples assim.
Fora isso, tem a famosa "postura profissional". "Postura profissional" de cu é rôla (já devo ter escrito essa frase antes).
Cumprimentar as pessoas pra fazer média, utilizar roupas "adequadas", entre outras coisas.
Engraçado que sempre me considerei um velho num corpo de jovem. Nunca gostei de festa e bagunça. Mas, neste exato momento, é o que eu quero. Mas não aquela festa institucionalizada, prevista pela sociedade. Quero festa no trabalho, todo mundo trabalhando de shorts e pijama, videogame pra desestressar, e gente falando merda. Isso não atrapalha a produtividade das pessoas (quando os executivos e donos de empresas rabugentos vão perceber isso e desistir do status de "ai, como eu sou importante, não posso zoar"?
Pelo menos minha equipe é legal. Não é média (duvido que alguém da minha equipe venha a ler meu blog). Mas que seria legal que as pessoas fossem menos lerdas e fizessem algum esforço pra se integrarem melhor, sim, seria ótimo!
Ok, acho que deu. Vou ler digestivocultural e tirinhas de humor enquanto trabalho. Me faz pensar e rir, é divertido e útil ao mesmo tempo. Preenche meu tempo e minha cabeça.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Som de cinema em casa - Parte 2

Nesta parte, iniciarei os sistemas da era digital, mais interessantes (e confusos) que os anteriores.
Link para a parte 1.


Dolby Digital


E agora que começa a confusão. Lançado nos cinemas em 1992 junto com o filme "Batman: o Retorno", o sistema Dolby Digital foi lançado em sistemas caseiros em 1993 para as TVs digitais e em 1995 para DVDs.

Antes de eu explicar a mudança em "números de canais", devo explicar sobre a diferença na gravação e reprodução: o sistema Dolby Digital é, na verdade, um algoritmo matemático de compressão, ou seja, semelhante ao mp3 ele retira os sons inaudíveis (e alguns quase inaudíveis) para qua não haja desperdício de espaço em termos de memória. Com isso, criou-se um sistema prático, barato e de alta qualidade para armazenamento do som multicanal.

Pela primeira vez tínhamos uma evolução real no número de canais: agora, os canais não eram mais extraídos de uma matriz Estéreo, pois o sistema permite que todos sejam gravados e reproduzidos independentemente, criando-se o que são chamados de "canais discretos".

Desta vez, o sistema permite a gravação de 6 canais: 3 frontais (esquerdo, central e direito) e 2 surround (esquerdo e direito), além de um canal para sons graves. Com isso, crou-se o termo 5.1, ou seja, 5 canais mais 1 limitado para graves.

Posicionamento correto das caixas.
(as caixas que estão em branco pertencem a outro sistema, que será explicado mais para a frente)

Com isso, corrige-se vários "problemas" do sistema Dolby Pro-Logic:
  • No processamento Pro-Logic, a separação dos canais era sempre imprecisa. Dependendo da qualidade da gravação e do equipamento de reprodução, não se sabia exatamente quais efeitos sonoros que iriam para os canais surround e central, ficando algo "embaçado". A partir de agora, a separação dos canais é perfeitamente precisa, pois cada canal é totalmente independente do outro, criando uma ambientação muito mais realista.
  • No processamento Pro-Logic, os sons que eram direcionados aos canais surround eram limitados em frequência, ou seja, os sons mais graves e mais agudos eram "cortados", criando-se um som abafado. A partir de agora, os sons direcionados aos canais surround abrangem qualquer tipo de som, seja ele extremamente agudo ou extremamente grave (é possível, por exemplo, ouvir pratos de bateria sendo tocados atrás do espectador, algo que no Pro-Logic não era possível).
  • O canal surround deveria ser bem posicionado, caso contrário o espectador ouviria um som incômodo vindo de apenas um lado da sala, ou seja, se ele se sentar do lado esquerdo, vai ouvir somente o som surround vindo da esquerda, perdendo-se o efeito de ambiência. Isso passa a não acontecer mais, pois o canal surround foi separado em 2. Com isso, independende da sua posição na sala, o som surround, se bem gravado e editado, se espalha naturalmente, pois os sons dos canais surround esquerdo e surround direito são diferentes, além de criar uma sensação de ambientação e profundidade muito maior.
Além disso, o Dolby Digital permite a gravação de um canal para somente para sons mais graves (normalmente reproduzido pelo Subwoofer), para a criação de efeitos sonoros mais realistas, como explosões, cachoeiras, naves espaciais, som de motor de carro e caminhão etc.

Como você percebeu, eu sempre utilizo a palavra "permirte", pois o Dolby Digital tinha um "problema" que pode confundir muitas pessoas na hora de comprar um DVD na loja: da mesma forma que o Dolby Digital permite a gravação de 5 canais mais 1 para graves, ele permite a gravação de apenas 2 canais e, inclusive, somente 1!

Sim! Existem filmes em Dolby Digital que, naverdade, são Estéreo! Isso acontece exatamente graças ao fato de que Dolby Digital não se refere a quantidade de canais e sim ao formado do áudio, que cria uma compressão de alta qualidade que permite (mas não obriga) armazenar áudio multicanal.

Isso nos leva ao próximo sistema, que é o...


DTS


Sigla para Digital Theater System. Foi criado pela sociedade entre duas empresas: a NuOptix e a Universal, e lançado nos cinemas em 1993, junto com o filme Jurassic Park.

Os criadores do sistema perceberam a falha no planejamento do sistema Dolby Digital. Além disso, a compressão do áudio Dolby Digital, apesar de boa, não era perfeita. Perdia-se um pouco de qualidade, algo que era mais perceptível em filmes musicais e shows.

O DTS era, basicamente, um Dolby Digital anabolizado: DVDs gravados com DTS tinham que ter obrigatoriamente 5 canais mais o de graves! Além disso, a taxa de compressão é menor, criando um áudio final mais fiel ao gravado em estúdio.


Sistemas de 6.1 canais: Dolby Digital EX e DTS ES


Em 1999, a Dolby Labs. lança o primeiro sistema de 6.1 canais, seguido pela DTS, que são: o Dolby Digital EX e o DTS ES.

Pra não causar confusão, devo explicar que o sexto canal surround não é um canal independente, mas ele é extraído dos dois canais surround do sistema Dolby Digital comum e do DTS comum, utilizando um processamento semelhante ao Pro-Logic, só que somente para este canal traseiro.

Posicionamento correto das caixas (as duas caixas trazeiras reproduzem o mesmo som).
Observe as caixas em branco: elas representam o sistema Dolby Digital simples.

O que muda é no momento da edição, em que deve ser gravado o sinal para o sexto canal (que fica posicionado exatamente atrás do espectador), e é o processador que deve separá-lo no momento da reprodução.

Temos então: 3 canais frontais (esquerdo, central e direito), 2 surround (surround esquerdo e surround direito) e 1 traseiro.

Você deve estar achando que é exagero mas, acredite, não é! A diferença é bem perceptível. Imagine uma cena em que um avião passa por cima da câmera, indo para trás. O som deve acompanhar e seguir para trás também.

O problema é que, se for no Dolby Digital ou DTS comum, dependendo do posicionamento das caixas, esse efeito não será alcançado. O som vai passar pelas lateriais do espectador e, então, dará a impressão de ter simplesmente sumido.

Para corrigir esse "defeito" foram criados esses dois sistemas. Como o som é traseiro (e nós não temos os ouvidos virados para trás) não existia a necessidade de criar um canal traseiro totalmente independente. Por isso, esse canal é processado e extraído a partir dos dois canais surround.


Dolby Pro-Logic II/IIx/IIz


Você deve estar pensando que uma evolução do sistema Pro-Logic é uma tremenda babaquice. Lembre-se: nem tudo no mundo são gravações digitais (como os DVDs) e, por isso, havia a necessidade de melhorar o processamento do som Estéreo puro.

Posicionamento das caixas (semelhante às do Dolby Digital).
LFE: Low Frequency Efects, simbolizando o canal para graves.

Com isso, criou-se, em 2000, o sistema Pro-Logic II e, em 2002, as evoluções (Pro-Logic IIx e IIz). Resumidamente, estes processadores transformam o som original Estéreo em um som semelhante ao Dolby Digital, ou seja:
  • 2 canais surround reproduzindo sons diferentes, sem limitação nos graves e agudos;
  • Criação de um canal para graves.
Além disso, o processamento melhorou, criando uma separação mais precisa e realista do que o Pro-Logic "normal".


Dolby True HD e DTS-HD


Tanto no Dolby Digital como no DTS o áudio é comprimido digitalmente para caber no disco. Com a evolução das mídias (leia-se Blu-Ray), não havia mais a necessidade de comprimir o áudio (e, portanto, perder qualidade sonora).

O Dolby True HD e DTS-HD nada mais são do que o Dolby Digital e DTS gravados sem compressão, ou seja, com a fidelidade máxima possível, ficando idêndico ao som de estúdio.

Com isso, alguns detalhes sonoros, antes imperceptíveis, agora são possíveis de ser ouvidos. A diferença é mais perceptível em Blu-Rays musicais, onde os sons dos instrumentos ficam com um timpre praticamente idêntico ao som natural.


Desculpem pela extensão, mas realmente existe muita coisa para ser explicada. Acredite, pulei muitos outros detalhes que achei desnecessário explicar. Espero que agora você saiba como escolher melhor um equipamente de Home Theater e como comprar um DVD ou Blu-Ray compatível. Ou não...

Até mais!

Link recomendado: Blog do Jotacê.

Fontes:
http://lazer.hsw.uol.com.br/som-de-cinema3.htm
http://frank.mtsu.edu/~smpte/ninties.html
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/08/19/mixagem-de-audio-em-cinema-e-home-theater/
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/11/17/ouvindo-musica-com-dolby-prologic-iiiix/

http://www.fazendovideo.com.br/vtsom6.asp
http://www.cefala.org/~leoca/dolby/dolby01.html

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Som de cinema em casa - Parte 1

Tudo bem, este blog não é sobre tecnologia. Porém, creio que este assunto seja extremamente útil para os amantes de Cinema de boa qualidade, que sabem que não somente a imagem como também o som é importante para criar a imersão no filme e também para permitir vermos o filme como o diretor o idealizou.
Portanto, criei este tutorial para você poder entender a diferença entre os nomes das tecnologias de "som multicanal" e não ser enganado, pois existe muita diferença entre as tecnologias.


Som Estéreo

Antes de mais nada, devemos lembrar que o Som Estéreo caseiro nasceu primeiro na música. Antes do final da década de 1950, todas as músicas, depois de gravadas, eram unidas numa única trilha, que depois era gravada nos discos da época para serem reproduzidos. A partir de 1957, o som começou a ser editado em duas trilhas, e não apenas uma, comm era antes.

A idéia original da técnica é simular a movimentação e posicionamento do som com apenas duas caixas, criando "caixas acústicas fantasmas móveis" entre as duas.

Posicionamento ideal das caixas acústicas deve ser bem afastadas (mas nem tanto), e viradas para o ouvinte

A trilha do filme (ou a música) era gravada em diversas trilhas (normalmente entre 8 e 16), uma para cada instrumento/efeito sonoro. No momento da edição final, os instrumentos/efeitos sonoros eram "posicionados" no espaço entre as duas caixas da seguinte forma:
  • Um som que viesse do lado esquerdo seria reproduzido somente na caixa esquerda, e um som que viesse do lado direito seria reproduzido somente na caixa direita;
  • Um som que viesse mais-ou-menos da esquerda seria reproduzido com um volume mais alto na caixa esquerda e mais baixo na direita, dando a ilusão de que o som vem de uma posição um pouco deslocada, como uma "caixa acústica fantasma" (ídem para o lado mais-ou-menos direito);
  • Um som que se movimenta da esquerda para a direita seria reproduzido na caixa esquerda com o volume diminuindo, e na direita com o volume aumentando;
  • Um som que viesse do centro seria reproduzido com um volume idêntido nas duas caixas, de forma que acaba criando a ilusão de uma "caixa fantasma" no meio das duas.

Com o Som Estéreo, criou-se o que ficou conhecido como palco sonoro, que seria a ilusão da posição do som no espaço. Uma gravação bem feita permite distinguir a posição de cada instrumento/efeito sonoro produzido pelas caixas.

Na década de 1960 foi que o Som Estéreo se popularizou. Porém, somente na década de 1970 foi que ocorreu o auge na técnica de gravação do Som Estéreo. Os instrumentos eram bem posicionados no palco sonoro, além de efeitos (bem) utilizados como reverberação e eco, utilizando a posição das duas caixas para criar a sensação de "som rebatendo" (a voz do intérprete se repetia diversas vezes nas laterais, criando a sensação de profundidade).

Porém, o Som Estéreo demorou para atingir a reprodução de filmes e programas de televisão. O primeiro videocassete Estéreo surgiu em 1978, sendo que as primeira transmissões de TV em Estéreo só iniciaram em 1986.


Dolby Surround



Em meados da década de 1970, a empresa Dolby Laboratories criou sistemas que melhoravam a qualidade da gravação e reprodução sonora dos filmes nas salas dos cinemas. Após a popularização deste, ela criou um outro sistema, que seria o "sistema multicanal definitivo": Dolby Stereo (não confundir com o Som Estéreo comum).

A idéia do Dolby Stereo era criar um som multicanal (na época, 4 canais) a partir de apenas 2 através de um algoritmo analógico. Com isso, criou-se um sistema prático, barato e funcional e que, acima de tudo, manteve a qualidade sonora.

Logotipo original usado no cinema. Ainda é possível encontrá-lo em algumas capas de VHS.

Depois do sucesso nos cinemas deste sistema, criou-se, em 1982, o Dolby Surround, que nada mais era do que o processador do Dolby Stereo mais simplificado, para ser utilizado em casa.

Diferente do som do cinema, o Dolby Surround reproduzia apenas 3 canais: 2 frontais (esquerdo e direito) e 1 surround (este último reproduzido em duas caixas ao mesmo tempo).

A idéia do Dolby Surround era a seguinte: através de uma técnica de gravação e reprodução chamada "matrixing" criava-se um terceiro canal "embutido" nos dois canais estéreo.
Processamento Dolby Surround original:
o som original é em Estéreo, mas o processador "extrai" o som surround

Este canal (Surround) deveria se dispersar pela sala, ou seja, ao contrário dos canais frontais, o canal Surround deve ser disperso e dar a sensação de ser algo "distante", para criar a "ambientação", ou os "sons de fundo" (que jamais devem roubar a atenção dos canais frontais).


Dolby Pro-Logic


O Dolby Surround tinha uma falha: se a sala fosse muito grande, e o espectador não sentasse exatamente em frente a tela, tinha-se a sensação de que os "sons centrais", principalmente as vozes dos personagens, estavam deslocados, ou seja, parecia que a voz não vinha da direção da tela, mas de uma posição ao lado dela (uma sensação bastante esquisita).

Para corrigir isso, a Dolby lançou, em 1987, o processador Dolby Pro-Logic: este sim criava 4 canais a partir de 2, que eram: 3 frontais (esquerdo, central e direito) e 1 surround.

Exemplo: cada cor indica um canal diferente.
Vale lembrar: o Pro-Logic no cinema era chamado de Dolby Stereo.

Como o Dolby Surround original, o áudio Dolby Pro-Logic era gravado como se fosse Estéreo (com apenas dois canais) e, depois, no momento da reprodução, os canais surround e central eram "extraídos" através do processamento.

Processamento Pro-Logic

Com este processador, as falas dos personagens ficavam muito mais claras e sempre posicionadas exatamente na direção da tela, independente da posição do espectador.


Com ainda há bastante assunto (ainda nem entrei na era digital), continuarei num próximo post. Espero que este texto esclareça a confusão de siglas e tecnologias, por isso, é inevitável que o texto fique um pouco grande. Até mais!

Continua na parte 2.

Fontes:
http://lazer.hsw.uol.com.br/som-de-cinema3.htm
http://eletronicos.hsw.uol.com.br/som-surround4.htm
http://www.audioclicks.com.br/blog/2009/10/01/estereo/
http://www.cinedie.com/som.htm
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/04/20/fantasound-de-walt-disney-foi-o-inicio-do-som-estereo-no-cinema/
http://super.abril.com.br/ciencia/como-funciona-som-estereo-441989.shtml
http://www.fazendovideo.com.br/vtsom6.asp
http://www.cefala.org/~leoca/dolby/dolby01.html

Imagens:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/06/22/aprenda-a-posicionar-e-ajustar-suas-caixas-de-som/
http://www.audiorama.com.br/arquivoconfidencial/SURROUND.htm
http://www.audioexcellence.com.br/caixas_acusticas_comoposicionar.php
http://www.getprice.com.au/blog-hdtv-glossary-introduction.htm
http://www.practical-home-theater-guide.com/dolby-sound.html
http://www.cinemasource.com/products/av_process/about/about_avproc.html
http://www.tweaktown.com/articles/2833/dolby_labs_interviewed_regarding_pc_audio/index2.html
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Dolby_Surround_TV4.jpg
http://www.infomercial-hell.com/blog/2006/07/18/stereo-for-tv-infomercials/
http://www.hometheaterhifi.com/volume_11_2/denon-avr-3805-receiver-6-2004.html

http://en.wikipedia.org