segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Curta de animação surrealista: Neighbours



Norman McLaren desenhando no filme

O projeto Cineclube, da cidade de Santo André (SP), tem uma proposta interessante: divulgar filmes fora do circuito comercial. Filmes independentes, que jamais seriam vistos por uma pessoa comum, pois são filmes fora de catálogo.

Numa das vezes que eu e um amigo meu fomos, assisti a um documentário sobre Norman McLaren, um diretor de curtas metragens de animação.

Pioneiro do cinema e fundador do departamento de animação do National Film Board of Canadá (NFB/ONF), Norman McLaren (1914–1987) é um dos maiores nomes da história do cinema de animação; um artista cujo brilho, criatividade e consciência social continuam a influenciar os cineastas até hoje. Desde as primeiras experiências cinematográficas na Escócia em 1933 até seu último filme no NFB/ONFem 1983, o conjunto das obras de McLaren revela talento e criatividade extraordinários, bem como profundas raízes humanistas.

McLaren era artista complexo e criador prolífico, e abriu novos caminhos e possibilidades dentro de um leque amplo de mídias e estilos. Foi um mestre do “filme direto” – ao desenhar e riscar no celulóide, criando até mesmo sons sintéticos ao desenhar sobre pistas ópticas sonoras. Abriu caminho na técnica chamada pixilation, na qual atores e objetos são filmados quadro a quadro e transformados em marionetes. Foi pioneiro na “música visual”, explorando novas maneiras para criar representações visuais da música que ele tanto amou, e outras vezes explorou o movimento puro. Cinema abstrato, surrealista, dança – nenhuma área ficou ausente da incansável imaginação de McLaren.

Norman McLaren, acima de tudo, era movido por um profundo compromisso com o pacifismo, os direitos humanos e a justiça social. Da mesma maneira como foi um inovador na forma, ele liderou a fusão da arte com a consciência social, e este legado inspirou gerações de cineastas engajados em questões sociais.

Fonte: Canadá Internacional

Um dos curtas que me chamou a atenção foi Neighbours. Feita com a técnica de Pixilation (descrita acima), a animação mostra como uma amizade entre vizinhos pode transformar-se em inimizade pela cobiça material e "territorial" - neste caso, uma flor que nasce entre o gramado das duas casas(!).

É interessante extrapolar a idéia do filme para algo maior, pois ele faz uma crítica ao instinto humano de procurar motivos (ou desculpas) para entrar em brigas (ou guerras).

Uma ótima animação, inovadora (mesmo para os tempos atuais), surreal, bem-humorada e imprevisível. Ganhador do Oscar de 1953.



Se você curtiu, fique tranquilo, pois no Youtube tem muito mais trabalhos de Norman McLaren!

Abraços!

Links recomendados:
Mini-críticas para mini-filmes: recomendação e exibição de curtas.
Animamundi: assista algumas das animações premiadas no Animamundi.
Portacurtas: portal de exibição de curta-metragens brasileiros.

domingo, 20 de setembro de 2009

Análise: Up - Altas Aventuras

Título original: Up
Gênero: Animação
Duração: 96 min
Origem: EUA
Estréia - EUA: 29 de Maio de 2009
Estréia - Brasil: 04 de Setembro de 2009
Estúdio: Pixar Animation Studio/Walt Disney Pictures
Direção: Pete Docter, Bob Peterson (Monstros S.A)
Roteiro: Bob Peterson
Produção: Jonas Rivera

Sinopse

"Os estúdios Walt Disney Pictures e Pixar Animation levam as plateias do cinema para bem alto e bem longe com seu show de fantasia "Up – Altas Aventuras". Apresentado em 3D, o filme conta a edificante história de um velhinho viúvo chamado Carl Fredricksen, com seus setenta e poucos anos de idade, passou a vida sonhando em explorar o planeta e viver plenamente a vida. Até que um plano mirabolante invade sua cabeça teimosa: fazer sua casa inteira levantar vôo e transportá-la dos Estados Unidos a um lugar em meio às montanhas da floresta venezuelana. Um erro de percurso faz sua casa cair e ele tem de seguir sua viagem a pé, com a ajuda de um escoteiro gordinho e muito dedicado. Mas nessa jornada eles vão enfrentar muitos vilões, bestas e situações absurdas."

Análise

Atualmente, não se discute se um filme da Pixar é bom ou ruim. Se discute se ele é melhor ou pior que Wall-e. Você pode duvidar da importância de Wall-e para o cinema mas, com toda certeza, foi um filme ousado, que revolucionou a forma de se fazer animação. Por isso, está sendo usado como referência.

Quanto a Up, alguns críticos influentes, como Pablo Villaça, dizem ser inferior ao Wall-e. Outros, como o Érico Borgo, do Omelete, disse que "provavelmente, a Pixar nunca vai atingir seu auge".

Eu, como fã de animação e como fã da Pixar, devo minha opinião: não é melhor que Wall-e e nem que Ratattouile, mas é melhor que Monstros S.A. e Procurando Nemo, por exemplo.

O início, que mostra a vida de Carl desde a infância até velhice, é de uma sensibilidade incrível. É sublime, espetacular.

Depois desta pequena, porém importante, introdução, o filme mostra um dia comum na vida de Carl. E, como de costume, o imprevisível: é interessante a cena que mostra o local onde Carl vive, causando uma surpresa - sendo inclusive uma cena engraçada.

Um pouco depois, quando a viagem propriamente dita começa, o filme muda de ritmo e clima, mas sempre com a sutileza característica da Pixar. Ele fica bem mais alegre - e também divertido e cheio de situações perigosas, típicas de filmes de aventura.



É incrível, também, a capacidade deles de criar personagens marcantes. Além do velhinho e do escoteiro mirim Russel, aparecem Kevin (uma ave gigante que é fêmea, apesar do nome) e Dug, um cão carente (aparentemente da raça Golden) e que fala (de uma forma curiosa e interessante, que não vou contar aqui).



Neste momento, surgem vários outros personagens - incluindo vários cachorros "falantes". A quantidade de cachorros falantes, e seus comportamentos, dão a sensação do filme ser mais infantil do que Wall-e - não que isso seja um defeito.

O único defeito, que faz com que o filme não seja tão bom quanto Wall-e, é a previsibilidade em alguns trechos do filme. Nada demais, afinal, as qualidades são tantas que enfraquecem os defeitos.

É interessante também observar a simbologia presente em algumas cenas: a casa voanto, que representa a liberdade alcançada na terceira idade, e a cena em que os móveis vão sendo jogados fora, que representa a libertação do passado - esta segunda, inclusive, é sublime.

Há um outro detalhesinho também, mas nada muito importante, que devo citar: a qualidade da animação da Pixar. Simplesmente embasbacante! O comportamento dos cães é idêntico aos cães reais. Vale lembrar que o filme está sendo exibido em 3D, que faz uma diferença grande, aumentando muito a imersão do filme.

Conclusão

É um excelente filme, recomendadíssimo para todo tipo de público, mas principalmente, pra quem é fã de animação. Apesar de não ser tão revolucionário quanto Wall-e, prova que a Pixar ainda tem muito talento, e que eles não dependem de "continuações" nem de "contos de fadas adaptados para o cinema", e que a ousadia continua sendo uma característica importante em suas criações.

Nota: 9

Trailer:
Youtube

Fontes:

Imagens, ficha técnica e sinopse:
Cinema com Rapadura

Análises comentadas no post:
Omelete
Cinema em Cena

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ficção Científica - Recomendações, Parte 1: Literatura

Ficção Científica já foi muito mal visto pelo público em geral como algo sensacionalista e apelativo. Isto está, finalmente, mudando. Mesmo assim, ainda existe muita resistência.



Porque eu gosto deste gênero? Por que é quase uma regra que existam questionamentos, que façam você pensar. "Guerra nas Estrelas e Alien são ótimos filmes, mas não fazem nenhum questionamento", você vai dizer.



Capa do livro A Máquina do Tempo, de H. G. Wells

Ok, vamos definir então o que é Ficção Científica:
Na literatura e no cinema, podemos dividir as histórias em dois tipos principais: ficção e não-ficção.
Dentro de ficção, podemos fazer, pelo menos, três subdivisões: Ficção Ordinária, Ficção Científica e Ficção Fastástica.
Partindo deste ponto, a Ficção Científica deixa de ser um gênero e passa a ser algo muito mais abrangente. Aparentemente isso pode não fazer muito sentido, por isso, explicarei um pouco mais detalhadamente:

  • A Ficção Ordinária é aquela que se baseia no mundo possível (ou quase), naquilo que já existe, em termos de tecnologia, ou até que fuja um pouco disto, mas sem ser muito inverossímel.
  • A Ficção Científica, por sua vez, é uma "fantasia justificada", ou seja, se baseia naquilo que não é possível atualmente, mas pode ser possível em determinado lugar, determinada época ou em certas condiçoes.
  • Por último, a Ficção Fantástica é tudo aquilo que é inverossímel, impossível, e é pouco (ou nada) justificado.
Exemplos no cinema:
  • Ficção Ordinária: Magnólia, Titanic (apesar de inspirado em fatos, o filme é ficção)
  • Ficção Fantástica: Senhor dos Anéis, Guerra nas Estrelas
  • Ficção Científica: Alien, 2001 - Odisséia no Espaço
As pessoas confundem muito o termo. Guerra Nas Estrelas, por exemplo, não é Ficção Científica. É apenas uma fantasia ambientada no espaço.

Ficção Científica é aquilo que tem a ciência, possível ou imaginada - mas que seja pelo menos plausível - que serve como motivador do enredo, funcionando quase como um personagem da trama (todos os tipos de ciências, inclusive as Sociais).

Se você se interessar pelo "gênero" (vou usar esta palavra por questões de praticidade) recomendo enfaticamente a leitura de livros ao invés de se basear apenas pelo cinema. A literatura de Ficção Científica está, digamos, "anos-luz" à frente do cinema.

Há uma longa história que conta as origens da literatura de Ficção Científica. Por ser muito extensa, fiz um breve resumo, indicando suas principais épocas:


  • O início (final do século XIX até a década de 1920), em que o gênero não estava definido claramente, pois estava surgindo. Exemplos:
Livros de Julio Verne: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem Ao Centro da Terra, Da Terra À Lua. Seus livros são didáticos, às vezes satíricos, com histórias cheias de aventuras.

Livros de H. G. Wells: A Máquina do Tempo, A Ilha do Doutor Moreau, Guerra dos Mundos. Diferente de Jules Verne, H. G. Wells tem livros mais "sérios" se voltando mais para a crítica social.


  • O segundo período (de 1920 a quase 1940) é o que criou o preconceito. E merecidamente! Revistas de contos eram lançadas, com literatura de péssima qualidade, em que jovens loiros e fortões lutavam contra ET's malvados pra ficarem com a mulher gostosona!
Durante este período, surgem importantes escritores, mas que vão se aperfeiçoar mais para a frente - e que serão, obviamente, citados.


  • O terceiro (década de 1940 pra frente), que é o período da "Ficção Científica Social", é, de longe, o período mais maduro. Foi a partir daí que o gênero começou a ser levado a sério.
Todos os livros citados abaixo são do terceiro período, e são considerados clássicos da Ficção Científica e, alguns, clássicos da literatura em geral. Serei bastante breve, pois não li a maioria destes (infelizmente), e, além do mais, este post é apenas um resumo.


"O Homem do Castelo Alto", de Philip K. Dick (autor dos livros que inspirou Blade Runner, Vingador do Futuro, Minority Report e O Homem Duplo).
Futuro do pretérito: como seria o mundo hoje se a Alemanha e o Japão tivessem ganho a Segunda Guerra?


Trilogia "Fundação", de Isaac Asimov (autor de livros como Eu, Robô , e de contros como O Homem Bicentenário)

Num futuro distantíssimo (12 mil anos depois da fundação do império galático) um homem aprende a prever o futuro através da ciência, e prevê a queda do império. Decide criar uma "Fundação", com pessoas selecionadas para formar o futuro Segundo Império. Existem algumas semelhanças com a realidade. Por exemplo: você sabia que Al Qaeda, traduzindo para o português, significa "A Fundação"?!


Este livro foi um dos que inspirou Guerra nas Estrelas. Li o primeiro da trilogia, e posso dizer que é excelente. Muita intriga política/econômica e até um pouco de religiosa. Recomendadíssimo!

"Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley
O mundo é totalmente controlado, as pessoas são pré-fabricadas em linhas de produção, de acordo com suas funções. Henry Ford é adorado como Deus, e até as relações amorosas são proibidas. É permitido somente o sexo, sem envolvimento amoroso. Um homem foge e descobre "os selvagens". O resto, meus amigos, é o que o livro conta.

"1984", de George Orwell
O mundo está dividido em três grandes blocos, que entram em guerra constantemente. As pessoas são controladas através das teletelas (um misto de TV e câmera) sendo vigiadas pelo partido do "Grande Irmão" (daí que vem o termo "Big Brother"). O governo faz de tudo para controlar a opinião de pessoas, inclusive retirando palavras do dicionário, fabricando notícias e até alterando os livros de história. Alguma semelhança com a realidade?
"Solaris", de Stanislaw Lem
Na órbita do planeta Solaris, que contém um "oceano inteligente", as pessoas que habitam uma estação espacial começam a ficar loucas. Um psicólogo é levado para resolver o problema, mas ele percebe que o problema é um pouco mais profundo: as pessoas da estação recebem a visita de outras pessoas que conheciam, mas que já estão mortas. O psicólogo recebe a visita de sua esposa, da qual era apaixonado, mas que tinha se suicidado. É a chance para ele se redimir (ou enlouquecer como os outros).
É um romance bastante psicológico, tratando de temas como o subconsiente.


"Neuromancer", William Gibson
Sinopse do livro: "Um hacker renegado, uma samurai das ruas, um fantasma de computador, um terrorista psíquico e um rastafari orbital num thriller sexy, violento e intrigante. De Tóquio a Istambul, das estações espaciais ao não-espaço da realidade virtual, o tenso jogo final da humanidade contra as Inteligências Artificiais...
Evoluindo de Blade Runner e antecipando Matrix, Neuromancer é o primeiro - e ainda hoje o mais famoso - livro de William Gibson. É considerado não só o romance que deu origem ao gênero cyberpunk, mas também o seu melhor representante."

"O Jogo do Exterminador", de Orson Scott Card
Como as viagens espacias demoram décadas, crianças da idade de 6 anos são treinadas durante as viagens espaciais para, quando atingirem a idade adulta, já estarem preparadas pra entrarem em guerra contra os inimigos da Terra. Cruel.


"2001, Odisséia Espacial", de Artur C. Clarke
A história da odisséia humana. Conta a evolução humana até o advento das máquinas inteligentes. Agora, para dar o próximo passo na evolução, o Homem precisa vencer uma delas. Com um final metafórico e louco (bem mais detalhado que o filme).

"Parque dos Dinossauros", de Michael Crichton
Cientistas descobrem que podem rescucitar dinossasuros apenas encontrando seus DNA's. É construído um parque de diversões com esses dinossauros, que são impedidos de se reproduzir. Mas a natureza acaba por contornar o problema.
Semelhante ao filme, porém mais cruel e pessimista. Humanidade x Natureza. Quem vence?
Saga "Duna", de Frank Herbert
Num futuro distante, dominado por um império feudal, os feudos planetários são controlados por Casas reais. Resumidamente, estas Casas disputam a posse do planeta Arrakis (chamado de Duna pelos nativos), um planeta desértico, que contém "a especiaria", produto extraído de vermes gigantescos que vagam pelas areias do planeta. Esta especiaria é capaz de dar alguns poderes para quem o tiver. O enredo é muito detalhado, e explora complexas relações políticas, religiosas, ecológicas e tecnológicas.

Ilustração do livro, representando o verme da areia

A grande inovação desta série foi utilizar elementos filosóficos, religiosos e psicológicos, até então raros na Ficção Científica.
A história pode ser considerada uma metáfora com a posse do petróleo e as guerras no Oriente Médio, sendo que as Casas representariam os países.

"Farenheit 451", de Ray Bradbury
O romance apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas anti-sociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como “bombeiro” (o que na história significa “queimador de livros”). O número 451 refere-se à temperatura (em Fahrenheit) a qual o papel ou o livro incendeia.
Considerado por muitos como "o poeta da Ficção Científica", Ray Bradbury é conhecido pela sensibilidade e melancolia de suas histórias.

Por enquanto serão só essas recomendações. Há muitos livros bons de ficção científica (muitos ainda não li). Como pode-se perceber, a literatura de Ficção Científica é muito mais madura que o Cinema.

Abraços!


Fontes:
Wikipedia
O que é ficção científica, por Marcus Valerio
História da literatura de Ficção Científica.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Análise: Nintendo Wii, ter ou não ter


Comprei recentemente um Wii. Isso a aproximadamente um mês. O brinquedo custou caro, por isso, acho importante dizer o que eu buscava no video-game e se isso foi atendido, ou seja, se valeu ou não à pena.

Não vou comentar sobre a rede da Nintendo, pois ainda não tenho acesso banda larga para avaliá-la.



O que eu não gostei



Falta de títulos "hardcore" de qualidade


Sim. Você que esperava aproveitar o Wiimote para ter uma imersão impressionante no seu jogo de tiro preferido, esqueça. Atualmente são realmente poucos os jogos ditos "hardcore", ou seja, jogos extensos que proporcionam maior imersão e blablabla.

Tem alguns títulos muito bons sim, mas são poucos. Alguns exemplos são: The Legend of Zelda: Twilight Princess, Metroid Prime 3, Resident Evil 4: Wii Edition, Okami, entre outros.



Review de Metroid Prime 3 pelo GameTrailers

E, claro, tem os games do Game Cube (citados mais abaixo), caso você não tenha jogado.

Porém, não sabemos o que o futuro nos reserva. Já vimos acontecer uma "virada", como no DS (que foi inundado por jogos de qualidade nos últimos anos mas que, no início, jó tinha jogos estilo "minigames"), ou pode virar um Nintendo 64, ficando com poucos jogos de qualidade.


Hardware fraco


Quando dizem por aí que os gráficos do Wii são fracos, eles não estão mentindo. Se você pretende comprar um video-game esperando gráficos impressionantes de última geração, passe longe.

Não, os gráficos não são iguais aos de Playstation 2. Longe disso. São muito superiores! Porém, alguns jogos (os maus exemplos, daqueles feitos nas coxas, é claro) realmente parecem feitos para a geração passada.

Também vamos esperar pelo futuro, pois as third-parties só estão aprendendo a manipulá-lo agora. Mesmo assim, nada que se compare a um XBox 360 ou PS 3.


Pouca integração multimídia


Se você espera uma completa interação multimídia, com seu video-game sendo muito mais que um video-game, também não é uma boa opção.

Ele não lê DVD, não tem HD para armazenamento e não lê MP3 (apesar de ter porta para cartão SD e porta USB).



O que me deixou bastante satisfeito



Franquias da nintendo


Essa é a mais óbvia, no meu ponto de vista. Se você curte estes games (como eu), temos Super Mario Galaxy, The Legend of Zelda: Twilight Princess, Metroid Prime 3, e temos também Metroid: Other M (que está para ser lançado), entre outras, que você nunca verá nos outros videogames.

Lembrando que a Nintendo sempre se preocupa em fazer jogos de qualidade, com bastante esmero.


Jogabilidade inovadora, simples e intuitiva


Fato: muita gente que não curte video-games acaba jogando por causa disso.

Nunca imaginei que veria vários tios meus jogando video-game! A jogabilidade simples e sensitiva à movimentos atrai qualquer marmanjo! Até a minha avó disse: "Nossa, que controle bonito! Esses jogos são legais pra emagrecer!".....

Tá, isso que minha vó disse não é exatamente um elogio, mas acho que me fiz claro.


Excelente multiplayer


Como disse, o fato da jogabilidade ser simples atrai muita gente e, por isso, muita gente que nunca jogou consegue competir com veteranos.

Há jogos simples, pra quem nunca jogou (e mesmo assim, os veteranos se divertem muito, e sempre!), e há também aqueles que exigem treino (como Super Smash Bros Brawl e Mario Kart Wii).

Há outros tipos de jogos que só existem no Wii, como Wario Ware: Smoth Moves, com seu multiplayer divertidíssimo e hilário (e, às vezes, constrantedor).

O melhor video-game para a churrascada, sem dúvida!


Vários jogos clássicos para download


Para os saudossistas, agora é possível baixar os jogos antigos dos video-games da Nintendo (NES, SNES, Nintendo 64). Todos aqueles clássicos podem ser baixados legalmente pela Nintendo.

Ah, mas você não curtia Nintendo? Não seja por isso!
Você pode, também, baixar jogos de Master System, Mega Drive, Neo Geo, Arcade, Commodore 64 e Turbografx 16(PC Engine no Japão) também!



300 jogos para Virtual console (GameTrailers)

E antes que você diga "ah, mas eu posso jogar tudo isso de graça no emulador", eu digo que muitos emuladores não funcionam perfeitamente, que os jogos são baratos (de 3 a 10 dólares, podendo ser adquiridos via cartão de crédito internacional, o que elimina impostos), e que vêm com o manual original digital. Ah, em caso de formatação da memória do Wii (ou algum outro probleminha), o jogo pode ser baixado novamente de graça.


Retrocompatibilidade com o Game Cube


Se vc perdeu a geração anterior dos video-games (como eu), é uma ótima pedida. Ok, não é um PS 2 em termos de quantidade de jogos, mas tem muitos jogos bons sim - e os exclusivos da Nintendo, claro.

Jogos como F-Zero GX (eleito melhor jogo de corrida futurista da geração passada por muitos especialistas e eleito como jogo mais difícil* de corrida do mundo também), Wave Race Blue Storm, trilogia moderna do Prince of Persia, série Resident Evil e remakes (do zero até o 4, passando pelo Code Veronica), Mario Kart Double Dash, Super Mario Sunshine, Metroid Prime 1 e 2, Star Wars: Rogue Squadron 2 e 3, entre outros.



Review do F-Zero GX no GameSpot

Além do fato de que os gráficos do Game Cube são melhores que do PS 2. O único porém é que é necessário ter um controle e um Memory Card de Game Cube.


Conclusão

Sim, o Wii é um ótimo video-game, mas isso vai depender do que você espera. Se você é exigente quanto a gráficos e vai perder um bom tempo da sua vida tentando finalizar aquele jogo difícil, o Wii não é seu video-game.

Mas se você espera jogos rápidos e divertidos, recebe visita frequente de amigos e parentes, ficou de fora da geração anterior, gosta das franquias da Nintendo, ou até mesmo gosta de ambos os tipos de jogos (se você acha que alguns poucos "hardcore" bastam), o Wii é uma excelente opção.

Na minha opinião, atualmente, é difícil ficar totalmente satisfeito com um único video-game, infelizmente. Talvez, as melhores opções seja: Wii + XBox 360 ou Wii + PS 3. Se você já tem um PC potente, o Wii é altamente recomendado!

Abraços!