terça-feira, 5 de agosto de 2008

Blade Runner

Cartaz original do filme

Introdução

Tinha ouvido muito falar sobre este filme. "Um Clássico da Ficção Científica", diziam.
Mas foi quando li um comentário de um crítico, não me lembro exatamente quem (o que tira toda a credibilidade deste comentário, mas, enfim, continuando...) , sobre o filme Matrix, foi que me interessei.
Explico: estava lendo a resenha, em que o crítico em questão elogiava muito o Matrix, e eu concordei, logicamente (fé cega não se discute!).
Num determinado momento, escreveu: "(...)o roteiro de ficção científica mais original e inteligente desde Blade Runner(...)".
Pronto, a semente estava plantada...

E não é que, a primeira vista, me decepcionei!!!
Pois é, mas minha opinião iria mudar, e muito.
Vamos ao segundo ato da história...

Assisti primeiro a versão do diretor, que é bem mais intelectualizada que a original.
Fiquei sabendo depois que a versão original continha uma narração em Off, que foi retirada na do diretor.

Procurei muito a versão original. Só consegui mesmo comprando-a...
E não me arrependi!!!

Hoje considero a versão do diretor melhor que a original, mas foi necessário eu assistir a antiga para poder apreciar melhor o filme, pois, para burros como eu, tudo deve ser explicado nos mínimos detalhes.
Falando sério: de fato, a versão do diretor é bem mais complicada de entender.

As pessoas acostumadas aos filmes "MTV's" da vida, em ritmo de Vídeo Clipe, vão estranhar a lentidão de Blade Runner.

Sim, é um filme lento, mas um filme pra ser apreciado com calma, para se observar os detalhes!

Sinopse

No ano 2019, foi desenvolvido uma nova raça de andróides, conhecida como "Nexus 6". São tão fortes e inteligentes quanto os humanos, talvez até mais, além de idênticos fisicamente.
Os "Replicantes" (como são chamados os andróides do filme) foram proibidos na Terra. Somente são usados como escravos nas
colônias espaciais. Até que um grupo de seis replicantes descem a Terra.



Detetive Deckard

O detetive Deckard é contratado para "aposentá-los" (leia-se: matá-los).
Mas, enquanto busca o grupo para matá-los e, ao mesmo tempo, tenta descobrir o motivo de suas descidas à Terra (um motivo muito interessante, aliás), se apaixona por uma Replicante...
E aí nada mais fica claro entre o que é certo e o que é errado.
Quem é o mocinho? Quem é o vilão?
Não são perguntas muito fáceis de se responder, depois de se assistir o filme por inteiro (se conseguir ficar acordado depois)...


Rachel


Hora de puxar o saco!

O filme realmente é bem intelectualizado. Há vários "furos" no filme, que só se tornam mais claros depois de se assistir mais de uma vez (ou ler algo sobre na internet). Mas essa é uma das principais qualidades do filme. É um filme que faz pensar.

O roteiro é excelente, pra não dizer perfeito!
Além de fazer pensar, toca em vários assuntos. Sem contar na trama paralela (o romance) que está muito bem encaixado e dirigido (um micro-filme à parte)!


O filme é cheio de estilo! Mistura "film noir" (filmes policiais "escuros e decadentes" da década de 1940), futuro distópico, figurino "retro-futurista" (repare na roupa e penteado estilo década de 1920 de Deckard, de Rachel e dos outros detetives), com uma fotografia e enquadramentos perfeitos, além da trilha sonora, composta pelo tecladista grego Vangelis, ser fantástica, memorável!


Aliás, falando em fotografia, a cidade de Los Angeles está tão imponente que participa quase como uma personagem!! Repare no dirigível que aparece em vários momentos, anunciando a "nova vida" que podemos ter nas colônias espaciais. Ou o Outdoor em que aparece uma japonesa vestida de quimono.


As interpretaçõs são ótimas: Harrison Ford está perfeito como o decadente detetive Deckard, e Sean Young combina perfeitamente como a andróide Rachel, sem contar o misterioso Gaff, interpretado por Edward James Olmos.

Mas quem rouba a cena é Rutger Hauer, interpretando o replicante Roy Batty!
Imagine um vilão entrando numa sala para ameaçar uma vítima ... recitando poesia??
Um vilão carismático e formidável!!

Roy Batty, o vilão carismático e formidável ... ou não ...

O filme tem, também, ótimos diálogos. Frases como: "Não é ótimo ter uma coceira da qual não se consegue coçar?", ou "...essas memórias se perderão para sempre, como lágrimas na chuva...".

Além das qualidades já citadas, o roteiro realmente é excelente. A princípio parece um filme normal sobre andróides (se é que existe "filme normal sobre andróides") . Porém, ao se aproximar do final, o roteiro toma um rumo diferente, principalmente em relação às atitudes de Roy.

E aí vem o final espetacular, surpreendente...


Influência e influenciados

Inicialmente Blade Runner é "apenas" um ótimo filme de ficção científica, tendo usado de ótimas influências visuais e de roteiro, como o estilo visual e enredo de "filme policial sombrio" dos film noir, como também a influência visual do figurino e arquitetura da década de 1920, misturados com o visual futurista de 2019.

Além disso, o filme é inspirado num livro de Philip K. Dick, "Do Androids Dream With Electric Sheep?", o que significa uma história em que o protagonista é ou foi um policial, ou algo parecido com isso, e o enredo passa por temas como memória e questionamento do sistema vigente, além de ter um teor conspiratório (coisas do nosso querido, louco e genial Mr. Dick).

Mas não foi só isso. Não!
O filme foi um divisor de águas.

Temas como robótica, inteligência artificial, engenharia genética, manipulação da memória, corporativismo, destruição ambiental, e até mesmo clonagem podem ser vistos neste filme.

Repare também em como a globalização foi abordada. O mundo foi dominado pelo Japão (apesar de que eu sempre achei que foi a China, mas, como não manjo japonês, não posso dizer com certeza). Temos também a famosa cena em que Gaff fala no "Cityspeak", um idioma de rua que mistura vários idiomas num só!

É um filme cheio de detalhes! Repare, também, nas perguntas feitas nos teste para descobrir se uma pessoa é ou não Replicante. Observe o brilho nos olhos dos Replicantes. Sem contar os origames feitos pelo Gaff (cada um em um momento oportuno, eles não estão lá à toa).

A película de Ridley Scott foi uma das precursoras do movimento Cyber Punk, que, no cinema, iria culminar no filme Matrix.

Observe, por exemplo, no visual dos vilões do filme.
Além disso, toda a história se passa no submundo de Los Angeles, o que é intensificado pelo fato de ficarmos sabendo que "somente os melhores vão para as colônias espaciais". Ou seja, na Terra ficaram somente os renegados.

Não é um filme de respostas fáceis. Nos faz questionar e pensar, com perguntas como: como seria se eu fosse um replicante? Aliás, podemos ir mais longe! Em determinado momento, o enredo nos leva a pensar que "poderíamos ser um replicante e nem saber!" (quando assistir ao filme, você entenderá).

E, justamente por ser um filme visionário, fracassou na época de seu lançamento.
Segundo as palavras do próprio diretor, "estar à frente de seu tempo é o mesmo que estar atrasado, o público não o aceitará da mesma forma".

Mas, como sempre, o melhor crítico de todos é o próprio tempo...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Primeiras impressões: Clube da Luta

Andei me perguntando: porque gosto tanto de Cinema??
A resposta é simples e óbvia:
Aprendi muito mais no Cinema do que nos 11 anos de escola, 3 de faculdade!!
Sim!!!
É claro que NÃO me refiro à conhecimento técnico!!!

Afinal, o que aprendemos na escola??
Apenas são jogadas informações sobre fatos e constatações, e nós apenas às absorvemos, sem nenhuma aplicação na nossa vida!!
Nós não aprendemos a pensar, não formamos opinião!!

No Cinema, ao contrário, aprendemos a pensar, a termos opinião, a decidirmos por conta própria!
É claro que depende do filme, e da nossa interpretação também!!

Clube da Luta faz isso com muita maestria!! Pelo nome, parece mais um filme sessão da tarde...
Grande engano!!! Realmente me surpreendi com o filme!
Estou pra dizer que senti o mesmo impacto que o causado pelo filme Matrix!

O filme conta a história de Jack, um homem que trabalha como investigador de seguros. Ele vive com insônia e, segundo ele mesmo, "estar com insônia é como se não estivéssemos nem acordado e nem dormindo direito".

Num determinado momento, Jack descobre que indo em grupos de auto-ajuda, com os alcoólicos anônimos, o faz ter uma ótima noite de sono, mesmo não tendo problema nenhum!

Até que ele conhece o anárquico Tyler. Num determinado momento, os dois começam a brigar sem nenhum motivo aparente. Depois da briga, que não há vencedores, ambos se sentem muito aliviados!!!
E fundam, assim, o clube da luta!!!

Mas o clube não se encerra nas brigas. Não nos esqueçamos das lições de casa que Tyler dá para seus discípulos, incluino Jack (não posso contar aqui, senão o filme perde a graça).

A metáfora do Clube da Luta é muito interessante. Todos os homens que vão para os clubes da luta no filme são pessoas perdidas, insatisfeita com o modo de vida prometido pela mídia.

Não pense que as mensagens do filme acabam por aí!
É tanta coisa pra ser aprendida com o filme que o espaço que tenho aqui não é suficiente.
E mesmo que fosse, eu não diria, rs. Afinal, o filme não teria mais tanta graça assim se eu contasse.

Um filme anárquico, subversivo!!!
Nos faz pensar e repensar muito. Uma crítica à sociedade e ao nosso modo de vida!

As atuações são brilhantes!! Edward Norton como Jack, e Brad Pitt como Tyler.
O roteiro do filme é inteligente, ágil e prende desde o primeiro momento.
A quantidade de informação jogada na tela é impressionante!!

Sem contar o final interessantíssimo, surpreendente!!

Um filme raro, revolucionário, polêmico, inovador!!
Muda nossa forma de pensar!
Imperdível!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Resenha: Rendez-Vous


Artista: Jean-Michel Jarre
Álbum: Rendez-Vous
Ano: 1986
País: França


Músicas:

1. First Rendez-Vous (2:54)
2. Second Rendez-Vous (10:55)
- Partes 1 a 4
3. Third Rendez-Vous (3:31)
4. Fourth Rendez-Vous (3:57)
5. Fifth Rendez-Vous (7:41)
- Partes 1 a 3
6. Last Rendez-Vous (Ron's Piece) (6:04)

Integrantes:
- Jean-Michel Jarre: Seiko DS 250, Synthex (2), Moog (1), Roland JX 8P, Fairlight CMI (5), E-mu Emulator II, Eminent, EMS Synthi AKS, Harpe Laser (3), RMI, OBX, DX 100, Matrisequencer, Roland TR-808, Lynn 9000, Prophet, Casio CZ 5000, ARP 2600 (4)
- Michel Geiss: ARP 2600 (4), Eminent, Matrisequencer, Roland TR-808
- Dominique Perner: Memory Moog
- Joe Hammer: Drumulator, percussions
- David Jarre: Baby Korg personal keyboard
- Pierre Gossez: Saxofone (em "Last Rendez-Vous")

Composto e arranjado por: Jean-Michel Jarre.

"The frenchman"

Inspirado nas viagens espaciais, este é um dos álbuns mais originais do "frenchman" da música eletrônica.
Precisamente coeso, tem um clima ao mesmo tempo espacial, dramático, e ao mesmo tempo sutil, melancólico e atmosférico. Lembrando que praticamente não há pausa entre as música, com excessão de uma pausa central devido a divisão em lado A e lado B do disco de vinil original.

Vamos as músicas:

(1) Sintetizador Moog (usado nos solos, principalmente nos agudos)

1. First Rendez-Vous (2:54)

A faixa inicial funciona perfeitamente como uma pequena introdução, preparando-nos para o que virá depois.
Inicia-se com um som extremamente sombrio, dando a sensação de uma respiração monstruosa e metálica, vindo do espaço, e, ao mesmo tempo, ouvimos uns sonzinhos agudos, que se assemelham ao som de botõezinhos. Enquanto a "respiração" se repete, ouvimos acordes surgindo ao fundo, com um timbre bem etéreo, atmosférico. enquanto a respiração vai desaparecendo, os acordes vão crescendo até o primeiro plano, e ouvimos o tema principal, melancólico, suave e etéreo, que transmite uma sensação suave de deslumbramento.
A faixa termina com uma frase melódica de "fim de música", bem clássica.
Uma música maravilhosamente suave, marcante!

(2) Synthex

2. Second Rendez-Vous (10:55)

Um verdadeiro épico de Jean-Michel Jarre. Bem dramática, e com um ar de música clássica.
Foi dividida em quatro partes na versão em CD.
Na primeira parte, somos apresentados ao tema principal, que se repete e evolui, à semelhança de uma música clássica, bem dramática.
Com uma pausa sutil, ouvimos uma escala crescente, e somos apresentados à segunda parte, com um novo tema.
Também dramática, ouvimos uma melodia produzida por uma voz humana, semelhante à voz soprano de ópera, mas imitada por um teclado! Um tema épico e exótico.
Voltamos em seguida ao tema da primeira parte.
Novamente ouvimos uma pausa, mas dessa vez a música quase pára, para entramos na terceira parte.
Ouvimos um novo tema, mas o tema principal é tocado num timbre vibrante, metálico, quase robótico. É um tema bastante futurista e espacial, mas ainda permanece o clima épico inicial da música.
No final da terceira parte ouvimos novamente "a respiração", com o tema inicial emergindo sutilmente.
E suavemente voltamos ao tema inicial da música, mas desta vez bem mais dramático, como um gran-finale, e o que há de melhor: o tema é acompanhado por um coral, o que aumenta a sensação de épico, e há ainda uma percução (aquele prato usado em orquestra) que marca determinados trechos.
E a música termina com um único acorde cantado pelo coral, e o prato sendo tocado, pra marcar bem o final.
Pra mim ainda é uma das músicas mais impressionantes e dramáticas deste compositor!

(3) Jarre tocando Harpe Laser (responsável pelo timbre metálico)

3. Third Rendez-Vous (3:31)

Somos brindados com mais uma música dramática e impressionante, mas desta vez com um tema inteiro tocado com o timbre metálico, e acompanhado por um som abafado, que lembra bem sutilmente um coral.
Esta música tem uma esrutura bem clássica, com uma curta introdução, um tema principal, desenvolvimento e reapresentação do tema principal.
No trecho central, junto com um som de prato distorcido, ouvimos um tema deslumbrante e bastante trágico, fantástico!
A música termina triste, com uma nota grave, sumindo.
Novamente uma música marcante!

(4) Sintetizador ARP 2600 (timbre suave, que lembra orquestra)

4. Fourth Rendez-Vous (3:57)

Depois de uma longa pausa (este seria o lado B do disco) ouvimos uma batida bem pop, quase techno, e somos apresentados a um tema bem festivo! Um enorme contraste em relação as músicas anteriores. Apesar de ser aparentemente mais comercial, não perde a classe, e funciona perfeitamente bem no contexto do disco, dando um alívio em relação aos temas dramáticos da metade anterior do álbum.
O trecho central é ainda mais festivo, com uma batida que dá a sensação de vermos fogos de artifício, como uma comemoração de fim de ano!
A música é encerrada com uma respiração, mas desta vez mais humana que a respiração do início do álbum, que emenda com o início da próxima música.

(5) Fairlight CMI (sampleador, responsável pelos "barulhinhos" e "vozes")

5. Fifth Rendez-Vous (7:41)

Talvez a música mais "voyage" de Jean-Michel Jarre.
Também foi dividida na versão do CD, em três partes.
A primeira parte é um tema sereno, tocado num timbre suave.
Ainda mantém o clima espacial, mas mais "orgânico" que os temas anteriores, principalmente pelo acompanhamento de sons semelhantes à tambores.
Depois de sons semelhantes à ondas do mar, ouvirmos acordes num tema de suspense, e temos a sensação de estarmos entrando num vórtice!
Inicia-se a segunda parte, a mais "viagem"!
Ouvimos um dos recursos mais interessantes, que fora muito pouco usado na música popular: o reaproveitamento de temas anteriores, algo muito usado na música Clássica.
Neste caso é um tema da música anterior (Fourth Rendez-Vous).
Aqui a intenção o artista é criar a sensação de "flash-back", como se estivéssimos sonhando, vendo "Deja-Vu's"! Mas é algo muito rápido!
Somos logo lançados numa outra melodia, desta vez tocada por aquela "voz soprano" novamente.
Ouvimos um tema circense, como se passasse uma banda na nossa frente, seguido por outro "flash-back" da música anterior.
Voltamos brevemente à "soprano", para então sairmos do "vórtice", e irmos para a parte seguinte.
No início da terceira parte ouvimos um tema acelerado, que dá a sensação de vermos formigas correndo e ao mesmo tempo de estarmos voando, tocado em dois "instrumentos": um que lembra xilofone, e outro que lembra trompete.
Surge, então, uma som grave, como trombones, acompanhado por um solo agudo "deslizante", deixando a música majestosa!
É encerrada novamente com as "ondas do mar".

Ronald McNair

6. Last Rendez-Vous - Ron's Piece (6:04)

O "Last" e o "Ron's Piece" do título é porque a música é um Requiem (música fúnebre) composta para homenagear Ronald McNair.

Ron McNair era um astronauta, que iria para o espaço na Space Shuttle Challenger. A idéia original de Jarre era fazer um show em Houston, com transmissão ao vivo do espaço para o telão, em que o astronauta tocaria saxofone junto com o tecladista.
Mas a Challenger explodiu no lançamente, deixando Jarre deprimido, fazendo com que ele tivesse quase desistido do show e do lançamento do álbum.
O álbum foi lançado e o show realizado, mas como uma homenagem aos astronautas, principalmente à McNair.

De fato, o tema é triste e fúnebre, mas ainda assim atmosférico, suave, espacial.
Inicia-se com uma batida de coração muito lenta, acompanhada por acordes tristes, mas muito suaves.
E de repente...Oh! Um saxofone!!
O tema é muito bonito, sensível, suavemente Jazzístico, tocado pelo saxofonista Pierre Gossez.
Parece ser improvisado, não tenho certeza.
No meio da música inicia-se um ritmo, tocado no teclado, transmitindo a sensação e "aceleração", de que o "final derradeiro" se aproxima.
O tema triste tocado pelo sax continua, evolui e finaliza a música, depois do "ritmo" desaparecer.
Encerra-se com uma frase melódica no sax, dando uma sensação melancólica de fim, mas com um toque de esperança, e a última batida do coração...
Uma das músicas mais sensíveis de Jean-Michel Jarre!!

O impressionante show de J. M. Jarre em Houston

Conclusão

Este álbum foi muito famoso. Não sei se foi o mais vendido mas, pelo menos aqui em São paulo, é muito fácil de encontrar o LP. Está em praticamente qualquer sebo que venda vinis. Com certeza um dos motivos de ter aumentato a fama foi a tragédia da Challenger, mas isso não diminui o fato de este álbum, na minha humilde opinião, ser uma obra de arte!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Resenha: Encontros e Desencontros

Cartazes do filme:



Assisti "Encontros e Desencontros" ontem (domingo).
Pelo que me falaram do filme de Sofia Coppola , já assisti esperando uma ótima película.

Por ter um roteiro minimalista, confesso que, de início, fiquei um pouco decepcionado.
É um filme "parado". Me parecia "frio"...

Me enganei! Na verdade é o exato oposto: é um filme muito sensível!
Convence com poucas palavras e gestos, com simples olhares!


A partir de determinado momento, comecei a me identificar com o filme.
Me identifiquei principalmente com as crises da Charlotte. Não só com a solidão, como também com as "dúvidas profissionais".
Além disso, Bill Murray está ótimo (já sabia que ele é um ótimo ator, agora está mais do que confirmado).
Scarlett Johansson é quem interpreta Charlotte. Além de linda, é uma ótima atriz! Seus olhares são cativantes, sinceros!
Já disse que me identifiquei com Charlotte, certo? Principalmente por ter feito filosofia! Não fiz filosofia (ainda), mas sempre tive vontade.

Uma das cenas que minha admiração pela personagem cresceu foi no momento da conversa entre ela, seu marido e a amiga do marido, que é "cabeça-oca"! xD
A comparação faz Charlotte subir num trono! (e se sentir ainda mais solitária)

Mas talvez o detalhe decisivo, por incrível que pareça, foi a fotografia do filme!
Me identifiquei com a fotografia...
"Mas como alguém pode se identificar com a fotografia de um filme??? Hein? Hein? Hein???"
Eu adoro fotografia!! Reparo muito nesses detalhes! E posso dizer com certeza que o filme é construído exatamente da forma que eu o faria!
O jeito que a cidade de Tóquio é absorvida pelo filme é perfeita, chegando a se comportar como uma personagem! Me senti em Tóquio, mesmo sem conhecer a cidade!
Fiquei com vontade de filmar São Paulo agora! =D (São Paulo é uma cidade muito cinematográfica, já repararam?)


Um ótimo filme, pra ser assistido mais de uma vez...porque, talvez, da primeira vez, não conseguiremos captar toda a mensagem, apesar de simples. Temos que assistir no ritmo que o filme pede, e com a calma e sensibilidade que ele transmite!


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Por que gosto de Guerra nas Estrelas

Ultimamente ando assistindo muitos filmes alternativos.
Perguntei a mim mesmo, ontem, se ainda tenho motivos pra gostar de Guerra nas Estrelas.
Claro que, pra isso, eu precisava reassistir os filmes, com outros olhos.

Assisti o mais antigo (e acho que vou demorar pra assistir o próximo, rs), que na verdade é o quarto filme na cronologia da saga.

O filme atualmente recebe o título de Guerra nas Estrelas IV - Uma Nova Esperança.

Sim, o filme é muito bom mesmo!!
Tem uma trama que, pelo menos pra época, é muito inteligente.
Não tem o ritmo de video-game como os novos. O filme se desenvolve lentamente, com calma. Posso dizer até "poético", lembrando levemente um clima de Senhor dos Anéis.
Os atores transbordam charme, interpretam muito bem. Destaque para Alec Guinness, ator veterano que interpreta Obi-Wan Kenobi. Neste filme vemos Harrison Ford jovem.

A história é bem envolvente e, diferentemente dos filmes novos, cria uma identificação com a personagem principal, Luke (quem se identificaria com o Anakin/Darth Vader no episódio III?).
Tudo no filme está bem encaichado, coeso. Os cenários ainda soam exóticos, os efeitos ainda impressionam.
A trilha sonora, do John Williams, também é excelente.

O filme nunca apela para nada do que muitos dos filmes atuais fazem. Tudo no filme acontece com calma.

domingo, 8 de junho de 2008

Convite

Venha comigo
Num mundo novo,
Onde tudo é possível,
Onde o tempo é eterno.

Venha comigo
Num caminho sem volta,
Onde o ínfimo
Dura eternamente,
E o colosso
Vai-se num segundo.

Onde rosas e maçãs
Serão eternas.
Comigo tudo brilha,
Tudo encanta. Magia
Do momento eterno
Que acaba num segundo.

Tu não resistirás
Ao encanto infinito
Do universo em minha mente,
Aventuras nos momentos banais,
Mágica nos dias comuns.
E assim nunca mais
Me esquecerás.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Dor da existência

O vazio inexplicável
esvazia minha'alma,
pensamento incontrolável
que nunca me acalma.

Ansiedade por mudanças
do amanhã que nunca chega,
Vem com força e me cansa,
e me deprime e me cega.

Tempo dos sonhos impossíveis,
do pensamento traidor.
Paisagens inatigíveis
me iludem com muita dor.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Sei lá...

Bom, pra começar, nem sei o que escrever, mas quero escrever alguma coisa...
Huummm...
Bem, estou bem... bem vivo e inteiro, não perdi nenhum braço ou perna nem mesmo a cabeça, não encontrei nenhum campo minado pelo caminho ou coisa parecida...
Huuuum...
Também não estou gripado, nem com dor de barriga, nem Aids, nem nada parecido também...
Fisicamente estou bem! =D

Mentalmente eu não sei...
A verdade é que o trabalho está osso, não sei se eu realmente não curti o trampo, se o ambiante é que não é legal, ou mesmo se o problema está em mim, na forma como vejo as coisas (meu braço está doendo de tanto digitar....como vocês podem observar, este parênteses tem tudo à ver com o assunto....).

Bom, atualmente minha vontade é de fazer muitas coisas, como ler muitos livros, tocar um instrumento musical, filmar, fotografar etc.
O fato é que não consigo conter minhas idéias, eu me sinto muito mal com isso. Me sinto preso, com as mãos amarradas.

O fato é: eu não sei o que fazer...

O fato é : que a linha lilás do Metrô é um elefante branco, as ruas de São Paulo são todas esburacadas (se assemelham com a superfície da lua) e...e...é isso. To sem assunto!

A verdade é que minha barba está grande, e eu esqueci a apostila de inglês hoje, e acredito que eu vá levar advertência por isso. Mas, enfim, tudo bem. Nada demais.
Nada mesmo, estou calmo hoje, veja: minha camiseta estava branca hoje de manhã. Agora está vermelha, mas isto não tem qualquer relação com possíveis assassinatos com moto-serra, ou mesmo com meu nome.
Afinal, hoje não é sexta-feira dia 13.

O que eu gostaria de fazer é expor minhas idéias, tanto no campo das artes quanto no campo mais técnico, como programação. Minha imaginação vive a mil por hora!

E a minha abstinência de música continua aumentando...

Bom gente, é isso, to sem assunto mas com muita vontade de escrever.
É sério, a intenção foi boa, juro! Não queria enrolar vocês com um texto vazio e idiota, não nada disso. É sério. É sério!!! Verdade!! Calma, calma... nãããããããããoooo!!!!!
(Neste momento ouve-se apenas o som de um corpo caindo no chão...)

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Frases interessantes

"O 'real' é bom, mas o 'interessante' é ainda melhor..." Stanley Kubric
"O segundo é o primeiro entre os perdedores" Ayrton Senna
"Inteligente é aquele que aprende com seus próprios erros, sábio é aquele que aprende com os erros dos outros." Sócrates
"Computers let you make more mistakes faster than any other invention in human history, with the possible exceptions of handguns and tequila." Anônimo

sábado, 5 de abril de 2008

Misterioso

"Não sou um quadro para ser apreciado,
muito menos medalha para ser beijada.
Não sou bala, doce, chiclete,
Não sou ouro, troféu ou prêmio.

Sou uma porta para ser aberta
Um conto com clímax
porém sem fim

Sou um ponto de interrogação
Sobre sua humana cabeça
Sussurrando: "Decifra-me, decifra-me!"

Sou um livro de mistério,
O capítulo das revelações!!"

Olhar

"Vazio no olhar
procura preenchimento
Será o quê?
Ouvidos para lamento?
emoção? luz? vida?
Será vida?
Será?
Vazio no olhar..."

Inveja dos Sonhos

"Endeusam-no,
quando, de fato,
era um Adágio,
virou som farto,
agora é plágio!

Seu peso me cansa,
complexidade viva,
enrolação morta,
canção velha nova.

Invejo-o e sei
que há canções de divas
pixados melhores
em qualquer porta."

Frustrações

"porque ser caçador a caça?
porque quando caça só afasto?
porque quando caçadoras, putas?

porque motivo complicar?
porque não se apegar?
será frieza a melhor opção?
será ódio, raiva, ressentimento?
será que a cada dia que passa
morre aos poucos o bom humor?
tornarei-me um homem amargo?"